Marcello Pato

Acho que toco guitarra desde que completei meus 14,15 anos de idade. Lembro que meu pai voltou de uma viagem de negócios no exterior com alguns discos de vinil na mala: Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Van Halen e Deep Purple. O som daquilo tudo me deixou extasiado e os discos nem eram pra mim, mas para meu irmão mais velho. A eletricidade que vinham das canções, das guitarras distorcidas fizeram com que eu percebesse ali, o que eu queria fazer pro resto da minha vida: ser guitarrista de Rock and Roll.
Eram outros tempos, não havia mp3, internet, cifraclube e todos os recursos que temos hoje em dia. As informações demoravam muito a chegar, os discos e as fitas K7 eram as mídias e o material de estudo era muito genérico, nada especialmente focado em guitarra. Tirávamos música ouvindo pedacinho por pedacinho, voltando o K7 até o ponto anterior a cada compasso. Lembro-me que cheguei a levantar a agulha da vitrola em um disco ou outro porque ainda não havia sido lançado em K7. E os timbres? Amplificador importado era um “aparelho” caro, que ficava preso na alfândega, pedais de efeito eram só os da BOSS e eram igualmente caros pra burro. Então usávamos guitarras Giannini, amplificadores Phelpa, Tremendão, Palmer e orávamos pra um tio ou amigo vir dos Estados Unidos trazendo um pedalzinho qualquer que fosse. Tive professores como o Gino, Wander Taffo, Léli, Índio, Faiska, mas a maioria do que eu sei, foi trocando figurinhas por aí, tocando na noite e me auto-ensinando. E chegamos onde estamos hoje! Já gravei e toquei com muita gente, fiz o meu trabalho próprio, que pretendo realizar para sempre, hoje tenho me dedicado muito a lecionar música, ensinar a tocar guitarra, e a curtir um bom som.
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